A Igreja Perseguida e a Apologética

10/12/2011 20:27

 

por Ana Caroline Campagnolo Bellei

 

Nos primeiros séculos do Cristianismo, a Igreja Primitiva sofria constantes perseguições. Os grandes líderes consideravam o Cristianismo uma ameaça ao poder e a ordem. Sabemos que apesar de Deus usar a perseguição para refinar e fazer crescer a fé de Seus servos, o sofrimento que seguia os cristãos era obra de nosso Arquiinimigo.

Após a “inauguração” da Igreja no dia de Pentecostes, os apóstolos e os discípulos começar a fazer aquilo para que foram enviados, pregar o Evangelho. O fato de a língua grega ter se tornado conhecida em grande território, a escrita e pregação do evangelho foi bastante facilitada no que concerne a idioma. Em quase todos os outros aspectos, a vida dos cristãos não foi fácil.

Os Imperadores Nero, Domiciano e Trajano, usados pelo nosso Inimigo que pretendia aniquilar o cristianismo, perseguiram os cristãos com métodos extremamente cruéis. Essa foi a primeira grande batalha que a Igreja precisou travar, e serviu para mostrar ao mundo que nem dor, nem morte, ou espada, podem nos separar do amor de Deus.

As perseguições continuaram no período pós-apostólico (100-313), sendo fomentadas por judeus, intelectuais, pagãos e imperadores, como Marco Aurélio (responsável pelo martírio de Justino e Policarpo), Septímio Severo, Maximino, e principalmente, Décio, Valeriano e Diocleciano. A razão política básica para tais investidas contra o cristianismo era principalmente o medo de uma revolução separatista.

Além dos martírios, acentuaram-se neste período os erros doutrinários como gnosticismo, neoplatonismo, montanismo e monarquianismo. Questões como o combate a heresia e liderança em tempos de perseguição - tendo em vista que os 12 apóstolos já estavam mortos - incentivaram os primeiros passos da idéia de primazia do bispo de Roma.

Considerando que atualmente muitos cristãos ainda sofrem perseguição em determinados países, hoje, porém, temos a falsa noção de que a perseguição acabou para nós apenas porque vivemos em um país livre no tocante à expressão religiosa.

Será que Satanás simplesmente mudou de idéia e resolveu ‘deixar os cristãos em paz’? É certo que não. Ele apenas mudou suas estratégias.

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm 8.35-39)

Tão logo Paulo percebeu que o sofrimento não mataria a fé e o amor no Cristianismo, Satanás resolveu mudar de estratégia. No campo de batalha onde antes corria sangue, hoje correm ideologias. O processo para destruir a Igreja e os cristãos agora se dá através de correntes teóricas, de falsas noções de ciência e de liberdade.

Precisamos saber em que cremos. Agora que somos cristãos, passamos de um estado de morte para a vida e precisamos contagiar as pessoas com a vida de Cristo. Precisamos eliminar aquilo que impede as pessoas de conhecerem a verdade. Esta na hora de lutar!

Defender a fé exige que abandonemos a postura ingenuamente cordial defendida por muitos cristãos hoje, e entremos em conflitoNossa missão como soldados é destruir as falsas idéias, usar todos os nossos esforços para destruir as mentiras e outras fontes de mal que mantém muitos presos em uma escravidão e cegueira mortífera. Não é uma guerra contra carne ou sangue. É uma guerra de ideologias, onde muitos que caminham pelas ruas são vivos-mortos porque foram contaminados pelas armas do Inimigo.

Nosso dever é levar as boas novas para as pessoas, e para sermos bem sucedidos nesse trabalho, não podemos permitir ou tolerar nenhum engano religioso ou filosófico. Amamos as pessoas quando destruímos as falsas idéias que imperam nelas, e ao redor delas.

Para escrever as linhas que você lerá a partir de agora, pautei-me essencialmente na Palavra de Deus, mas não devo negar que minhas fontes teológicas incluem os livros, sermões e testemunhos de servos de Deus comprometidos com essa mesma verdade de que vos falo. Homens e mulheres que trabalharam pelo evangelho, e dedicaram suas vidas nesse trabalho pelos últimos séculos.

Por isso, sem a pretensão de dizer o que penso que você deve fazer da sua vida, mas com total segurança de afirmar o que a Bíblia ordena que você faça, esse livro abordará questões essenciais pra qualquer cristão que se prontifique a descobrir no que tem crido, e por que algumas coisas no mundo são como são, e por que você tem de saber a diferença entre tolerância e amor e começar agora mesmo a defender sua fé com sua própria vida.

Agradeça a Deus porque não lhe é imputada perseguição religiosa física. Demonstre gratidão oferecendo tudo que tem e tudo que é em prol dos mandamentos e da palavra dEle. Você não é mais bem-aventurado que os mártires por estar vivo, a menos que esteja usando sua vida pela mesma causa pela qual eles usaram a suas mortes!

 

"E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo." (Mateus 3.10)


Voltar

Pesquisar no site

Ana Caroline e Tiago Bellei © 2010 Todos os direitos reservados.