A Economia dos Talentos no Reino de Deus

08/08/2010 19:16

por Allan Gomes

    O reino de Deus é uma herança que demanda investimentos. Algumas parábolas ensinam sobre campos, fazendas, administradores, moedas e depósitos.
    A famosa parábola dos talentos revela que aquele senhor confiou riquezas inestimáveis aos seus servos. “Um talento equivalia a seis mil denários, ou seja, o salário de seis mil dias de trabalho” (Bíblia de Estudo Almeida), o suficiente para que um servo deixasse de trabalhar pelo resto de sua vida.
    Interessante é que lutamos uma vida inteira para conquistar uma riqueza (um talento) com a promessa secular de que ao conquistá-la, encontraremos sentido, valor, reconhecimento. Jesus oferece pelo menos um talento para aqueles que trabalham no Seu Reino, justamente porque Ele não deseja que nos cansemos acumulando coisas neste mundo com o propósito de encontrar significado à vida.
    Noutra parábola, a do credor incompassivo (Mt. 18:23-35), um certo senhor perdoa uma dívida de dez mil talentos a um servo que logo em seguida, lança na prisão seu conservo porque este não saldou a quantia de cem denários. Se a dívida de um talento é a dívida de uma vida inteira, quanto mais pagou o Senhor Jesus pela minha alma!
    “Perdoa-me as dívidas como tenho perdoado aos que me devem!” O princípio econômico de Jesus não é somente ilustrativo, mas também prático. Diz respeito ao modo como administramos a vida, as relações humanas, os bens, os dons e a salvação. Não há como ser um mordomo fiel na igreja ou na “caridade” e deixar de sê-lo nos negócios, na família.
    Ainda em relação à parábola dos talentos, se pensarmos no texto com os nossos conceitos pessoais de Economia, acharemos que o servo que enterrou seu talento fez bem, afinal, ele poupou (economizou, quem sabe tinha medo da crise?!). Mas, a visão econômica de Jesus é a aplicação, o rendimento.     Tenho anotado em minha Bíblia a seguinte chave: Quem tem talento faz talento!
    E o princípio acima não se refere somente aquela nossa velha noção de talento, como obra, dom, habilidade, mas também às riquezas, a qual o texto bíblico é literal: “ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens... isto é dom de Deus” (Ec. 5:19).
    Encerramos com a lembrança do mordomo. Sua missão é fazer prosperar os bens e a fazenda. Sua riqueza é a confiança do Seu Senhor. Sua virtude é ser achado fiel.

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