Hans Kueng é ex-colega de Bento XVI e pede novo encontro para 'reformar a inatituição religiosa'.
O teólogo alemão Hans Kueng pediu aos bispos que desobedeçam ao papa Bento XVI e lutem por reformas na Igreja Católica, segundo um artigo publicado em jornais nesta quinta-feira, 15. Ex-colega e amigo do papa, Kueng afirmou que a Igreja está envolvida em sua pior crise desde a Reforma Protestante, em razão das revelações recentes sobre abusos sexuais de sacerdotes e pela consequente perda de confiança.
Aos 82 anos e veterano do Segundo Concílio Vaticano, Kueng escreveu, em um artigo no jornal Sueddeutsche Zeitung, que os bispos devem promover um novo encontro para reformar a instituição religiosa. Os bispos, considerou ele, podem legitimamente pressionar as autoridades católicas, caso o papa bloqueie suas ações. Eles não devem ser "atores sem voz nem direitos", afirmou. O texto também foi publicado nos jornais The New York Times e La Repubblica.
O papa mencionou hoje o escândalo de abusos sexuais envolvendo membros da Igreja Católica. O pontífice disse que os cristãos devem se arrepender pelos pecados e reconhecer seus erros, segundo várias fontes. A imprensa local informou que o papa falou durante uma missa com membros da Comissão Pontificial Bíblica. O Vaticano não divulgou um texto sobre a fala do pontífice. Um porta-voz do Vaticano disse que ainda não pode confirmar os comentários.
"Devo dizer que nós, os cristãos, inclusive em tempos recentes, temos evitado com frequência a palavra ''arrependimento'', que parece muito dura. Mas agora, sob ataque do mundo, que tem falado de nossos pecados, nos damos conta de que é necessário nos arrependermos, em outras palavras, reconhecer o que está mal em nossas vidas", afirmou o papa, segundo a imprensa local.
AP/AE/Notícias Cristãs
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